ANATUREZAR-SE

 

                       
 ANATUREZAR-SE

Permita-se fazer parte da sua própria natureza, interna e externa, conexão é a chave. Falar de natureza é falar em equilíbrio, Lavoisier menciona: “ Nada se perde nada se cria tudo se transforma”,  este pensamento nos remete ao dinamismo,  a conectividade e transformação  presente no Universo, assim como a sintropia da natureza, que é o equilíbrio presente na integração de cada elemento no sistema, que promove um ciclo virtuoso constante na interação da vida em nosso planeta terra. A natureza se mostra superior em sua ordem, ritmo e harmonia.  Seus ciclos ininterruptos, matematicamente sincronizados com o Todo, a força da natureza é a manifestação da Luz Universal. Foi através da observação e contemplação desta ciência que é a natureza, que o homem Co-criou as grandes invenções da humanidade, o avião, a Matemática, os nossos remédios, a lei da gravidade em fim, todos os produtos que utilizamos advêm da matéria prima, os elementos da natureza. Sempre nos provendo.

Refletindo a respeito da Ciência do homem, porque ainda não conseguimos unir ciência e espiritualidade? A ciência do homem ainda não consegue alcançar os mistérios da vida, a razão da Criação.  A vida é uma grande incógnita. Mas, e se substituirmos a palavra espiritualidade por Natureza podemos chagar há algumas compreensões, Ciência x Natureza,  pois assim atendemos a todos, mesmo as pessoas  que não possuem crenças religiosas, pois para essas, a Vida  em si é a razão da sua própria existência e mais nada, e ponto. Desta forma, mais uma vez não podemos negar a Soberania da Natureza, a sua regência na Lei da evolução das espécies.  
A ciência do homem é um instrumento para a codificação da Ciência Superior que é a Natureza, é questão de lógica e de Ordem,  primeiro vem a natureza e seus elementos e depois vem os animais e Ser Humano, animal Racional. Primeiramente o  fluxo, o ritmo, a ordem e a ciência, a engenharia dos animais, a geometria da natureza, as comunicações extra-sensoriais dos animais em suas procriações e migrações; os ciclos planetários, das galáxias, do sol e da lua, das estações, do dia e noite, da água e o ciclo da vida: nascer, desenvolver, procriar envelhecer e morrer. E posteriormente vem o homem, criatura desse meio, em sua  percepção, assimilação, interpretação, ressignificação,  criação e  a  sua ciência. Como diz Hermes Trismegisto “O Que está em cima é como o que está em baixo”, o que está dentro está fora, a partir do momento que eu me conecto dentro,  reconheço-me como parte do meio, reconheço-me como natureza.  Isso é espiritualidade, quando nos conectamos com a natureza fora para além de nos mesmo, nos integramos com a unidade, conectamos com a nossa essência, pois todos os elementos presentes em nosso corpo, toda a química presente, estão também na natureza. Somos Terra, água, fogo e Ar. 

Por falta de conexão natural, a ciência do homem ainda não alcança essa  percepção da grande espiritualidade que é a Natureza,  pois as nossas conectividades ainda estão em  processo de desenvolvimento, ainda são tecnológicas e virtuais. A nossa humanidade  não se  reconhece nas máquinas, na  exploração, degradação, na desordem,  fome e na escassez.  A natureza por sua vez é receptiva, é abundância, generosidade, alimento, ordem, cuidado e amor. Em fim  a natureza está online e ao vivo, conectada a nós, a todo instante, seus elementos estão intrinsecamente ligado a nossa constituição humana, somos 70% água. Respiramos ar, somos os minerais desta terra,  o fogo do calor humano, que movimenta e transforma o meio . E assim como a natureza temos os nossos ciclos, o nosso organismo trabalha em perfeito fluxo e harmonia, porém o cenário que estamos presenciando  é uma negação da própria natureza interna e externa, ao sermos inconscientes quanto a importância da preservação da vida, interior e exterior, não respeitamos mais o tempo natural do fluxo da existência, ignoramos as etapas do plantar, zelar, cuidar, crescer e colher, na agroecologia e no desenvolvimento humano e social.

 Os frutos da árvore da vida são férteis, do fruto vem à semente. A natureza por si só é autossustentável, independe de nós. Nós é que precisamos dela, os desequilíbrios  climáticos  e genéticos que atinge a fauna e a flora  são frutos estéril gerados pela interferência da  mão do homem, que tem origem na ganância no egoísmo,  ingratidão e desamor pela Natureza Divina. Precisamos Urgente conectarmos, não podemos negar a nossa Natureza, coexistirmos com ela. E buscarmos um sentido de unidade com a criação, com o Criador, conectarmos com o coletivo com os nossos semelhantes, com os animais com as plantas, e  com  o nosso coração. Zelarmos  dos nossos plantios para gerar e colher  frutos  férteis de abundância,  e podermos  integramos a ordem e ao fluxo deste ciclo virtuoso e ascendente que é a força universal,  a própria Natureza. Não há outro caminho para unirmos ciência e natureza espiritual. A nossa herança já está presente, basta estarmos presentes para receber. Ser Terra que acolhe, sustenta e germina;  ser água  que por onde passe nutre e segue seu  fluxo; ser fogo que aquece, transforma e Transmuta; ser Ar que a tudo se conecta. Se inspire e conecte-se ao criador em sua onisciência, onipresença e onipotência. Natureze-se.

Brenda Graciana da Silva

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